A Temperatura de Cor é basicamente uma característica da luz visível, trata-se da "aparência" da cor produzida por uma fonte de iluminação. Por definição, temperatura de cor de uma fonte de luz é a temperatura que um corpo negro irradia conforme é aquecido. Logo, a unidade de medida desta grandeza é o Kelvin (K).
Esta relação com a medição da temperatura de cor versus aquecimento do
corpo negro costuma confundir as pessoas. Alguns acham que cores frias possuem
temperaturas mais baixas, mas é exactamente ao contrário. Por exemplo, embora a
luz azul seja considerada "fria", ela tem mais Kelvins do que
a luz amarela, que é considerada "quente". Ou seja, a
temperatura da cor não tem relação com a temperatura física emitida pela fonte,
ela é apenas uma aparência da luz visível.
Quanto mais alta a temperatura em kelvins, mais "clara ou fria" é
a tonalidade da Luz.
A luz solar é a nossa fonte de luz, tendo ela como base podemos perceber que a sua temperatura sofre variações de "cor" durante o dia. Ao meio dia por exemplo a luz do sol é mais branca ou "fria", tendo por volta de 5.500k. Já no inicio da manhã e no final da tarde, a luz emitida pelo sol tem uma aparência mais "quente", abaixo dos 4K.
As fontes de luz que têm "aparência" mais alaranjada estão em torno de 3.500K ou menos, lâmpadas neutras ou intermediarias, variam entre 3.500k a 4.100k. Já as lâmpadas mais "azuladas" ou frias têm 4.100k ou mais temperatura. (Fig.: 7)
A luz tem grande influência no que chamamos de "ritmo
circadiano", também popularmente conhecido como "relógio
biológico". É o período de 24h sobre o qual se baseia o nosso organismo.
Isso significa que o nosso corpo se comporta de maneiras diferentes que variam
ao longo do dia - em ciclos.
Quando vai chegando o horário do pôr-do-sol - fatores como a emissão de uma
"luz mais quente", estimula a produção de melatonina, hormônio
responsável, entre outras coisas, pela regulação do sono, mostrando que o
período de descanso se aproxima.
Já a luz branca ou azulada suprime a produção desse hormônio, sendo mais
estimulante. Esta temperatura é de cor típica ao sol do meio-dia, um horário de
alta atividade, e assim nosso organismo tende a ficar mais
"atento/elétrico", com a energia necessária para produzir e
desenvolver as atividades do dia-a-dia.
É por esse motivo que pessoas tendem a assimilar os tons quentes como sendo
acolhedores e os tons frios como excitantes.
Em escritórios ou hospitais, em salas de cirurgia por exemplo (locais de
atividades que exigem alta atenção, produtividade e energia) o ideal é a
utilização de fontes de luz com
temperaturas de cores mais frias. Ajudando a manter os profissionais desses
locais "em alerta/ atenção". Já em residências, ou hotéis e
restaurantes a aplicação de temperatura de cor amarelada é indicada, com o
objetivo de proporcionar ambientes mais aconchegantes e intimistas.
Eficiência Energética
A temperatura de cor não tem relação com o consumo
de energia da fonte de luz. O que irá interferir se esta irá consumir
mais ou menos energia é a sua potência (medida em Watts) .
A quantidade de luz emitida entre as fontes, sejam elas quentes ou frias, é praticamente a mesma. Algumas pessoas podem ter a falsa percepção de que uma luz mais azulada ou branca irá iluminar mais um ambiente, mas isso é um mito. A intensidade luminosa é a mesma, bem como a iluminância resultante de sua aplicação. Mas em termos de "luminosidade" a luz branca exige menor "esforço" para algumas atividades que exigem mais do olho humano, como a leitura, o trabalho, e etc.
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