1.4 - A Luz e os Corpos

Os corpos refletem parte da luz que lhes chega, sendo que é uma parte dessa luz refletida que nos chega à retina, também se sabe que há corpos de superfície polida, tal como o vidro dos espelhos, que refletem a luz segundo leis constantes, assim como existem outros de superfície irregular, que constituem a maioria, que a refletem em todas as direcções, comportando-se como se fossem de uma infinidade de espelhos pequeníssimos orientados em todas as direcções possíveis, os quais difundem a luz, cada um numa direcção diferente. 

No entanto quanto á reflexão superficial segundo a sua propriedade de se deixar ou não atravessar pela luz, vamos dividir em três classes:

Corpos transparentes

São os corpos que podem ser atravessados pela luz deixando ver através deles, os outros corpos.

Os corpos transparentes podem ser coloridos sem, com isso, deixar de ter a propriedade da transparência. temos por exemplo, os filtros de diversas cores que são utilizados na frente das objectivas para se obterem determinados efeitos fotográficos.

Corpos translúcidos

São corpos que tendo alguma permeabilidade em serem atravessados pela luz, difundem-na na sua massa não sendo, por isso, possível ver-se através deles. Temos como exemplo, o papel, o vidro opalino, os tecidos, o vidro fosco, etc...

Corpos opacos

Todos os corpos mais vulgares na natureza que não se deixam atravessar pela luz. Temos a madeira, o ferro, as rochas, etc.

Propriedades interessantes

Com uma fonte de luz vamos iluminar uma parede e entre ambas interpomos um objecto opaco, por exemplo uma esfera, tal como vemos na figura (fig. 3).

Da infinidade de raios luminosos que partem da fonte haverá uma boa parte deles que são interceptados pala esfera e, portanto, não chegam à parede, projectando-se nesta uma sombra.

Mas observando bem essa sombra verificamos que ela não se desenha como um contorno definido, um corte preciso, isto é, a sombra produzida na parece pela esfera não passa bruscamente de uma zona completamente escura para outra completamente iluminada, antes a passagem de um extremo a outro faz-se com uma gradação mais ou menos suave. É logico que assim suceda. Estudando atentamente a sombra produzida verificamos que ao seu centro não chega nenhum raio de luz e por isso está negra, afastando-nos do centro cada vez é maior a quantidade de raios que chegam sem serem interceptados produzindo uma sombra mais fraca, a que se dá o nome de "penumbra, sombra essa que se vai tornando cada vez mais débil até chegar à iluminação total. 

Quando precisemos de tratar da iluminação do "estúdio" pode haver necessidade de de reproduzir umas sombras muito recortadas, isto é, sem penumbra, que passe da sombra à luz.


Para isso temos de nos valer de vários processos.

Podemos por agora adiantar um pouco dizendo que se o objecto opaco que produz a sombra está muito próxima da parede ou a luz é intensa e "pontual", a sombra será mais contrastada. (Fig.: 4)

Uma fonte de luz é "pontual" quando a luz por ela emitida produz o mesmo efeito que se obteria se toda a luminosidade partisse de um só ponto. Esta situação n prática é impossível, sendo costume dar-se o nome de "pontuais" àqueles cuja luz provém de uma superfície muito pequena. Isto é muito importante na iluminação.

Sem comentários:

Enviar um comentário